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Ruiter Cunha

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Ruiter Cunha
Ruiter Cunha
Ruiter Cunha
9.º Prefeito de Corumbá
Período 1º de janeiro de 2017
até 1º de novembro de 2017
Vice-prefeito Marcelo Iunes
Antecessor(a) Paulo Duarte
Sucessor(a) Marcelo Iunes
7.º Prefeito de Corumbá
Período 1º de janeiro de 2005
até 31 de dezembro de 2012
Vice-prefeito Ricardo Eboli
Antecessor(a) Eder Brambilla
Sucessor(a) Paulo Duarte
Dados pessoais
Nome completo Ruiter Cunha de Oliveira
Nascimento 24 de janeiro de 1964
Corumbá
Morte 1 de novembro de 2017 (53 anos)
Campo Grande
Cônjuge Bia Cavassa
Partido PT (2004-2015)
PSDB (2015-2017)
Profissão Auditor fiscal

Ruiter Cunha de Oliveira (Corumbá, 24 de janeiro de 1964Campo Grande, 1º de novembro de 2017) foi um economista e político brasileiro e prefeito de Corumbá por três vezes.

Graduado em Economia, foi casado com a professora Beatriz Cavassa, com quem teve dois filhos: Rodrigo e Rafaela.[1] Foi auditor fiscal do estado.[2]

Carreira política

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Na administração do ex-governador Zeca do PT (1999-2006), foi superintendente de Administração Tributária.[2] Filiando-se ao PT em 2004, foi eleito prefeito de Corumbá,[3] sendo reeleito em 2008.[4]

Em 2015, deixou o PT[5] e se filiou ao PSDB.[6]

Em 2016, garantiu um terceiro mandato na prefeitura, derrotando o então prefeito Paulo Duarte.[7]

Em 30 de outubro de 2017, Cunha sentiu dores no peito e uma das pernas e precisou de atendimento de urgência em um hospital de Corumbá[8], sendo transferido mais tarde para uma unidade hospitalar da capital Campo Grande[9].

Deu entrada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) de um hospital campo-grandense, sendo submetido em seguida a um cateterismo[10]. Médicos diagnosticaram um aneurisma de aorta[11], o que levou o prefeito a ser operado no dia 31 de outubro[12].

Na madrugada de 1º de novembro, Cunha não resistiu a complicações no pós-operatório e morreu.[13] Pela manhã, o vice-prefeito tomou posse, assinando como primeiro ato oficial decreto de luto.[14]

Em 2012, a Polícia Federal (PF), o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS) deflagaram a operação Decoada, para apurar fraudes, direcionamentos em licitações, corrupção, falsidade, desvio de recursos públicos e pagamentos de propina nas prefeituras de Corumbá e Ladário.[15] A procuradoria-geral do município abriu procedimento para investigar as denúncias e o prefeito disse acreditar que os suspeitos eram inocentes.[16]

Já em 2013, a PF e o MPMS deflagraram a operação Cornucópia, para apurar eventual esquema de fraude na folha de pagamento dos servidores da prefeitura de Corumbá para a contratação de empréstimos consignados na gestão de Cunha.[17] Ele negou as acusações, alegando que realizou auditoria antes de deixar o cargo.[18]

Em maio de 2015, teve os direitos políticos suspensos, mas uma liminar garantiu que disputasse eleições municipais de 2016.[19]

Em outubro de 2016, após ser eleito prefeito pela terceira vez, o Ministério Público Eleitoral ingressou com Ação de Investigação Judicial Eleitoral pedindo a cassação dos registros de candidatura de Ruiter e seu vice, Marcelo Iunes; além de multa e inelegibilidade.[20] Em seguida, o órgão acrescentou à ação denúncia de propaganda eleitoral em uma emissora de televisão boliviana.[21]

Referências

  1. Rondon, Alberto. «Nosso Destaque Especial». Correio de Corumbá. Consultado em 14 de outubro de 2016. Arquivado do original em 18 de outubro de 2016 
  2. a b «Ruiter Cunha, do PSDB, é eleito prefeito de Corumbá, MS». G1 - Mato Grosso do Sul. 2 de outubro de 2016. Consultado em 14 de outubro de 2016 
  3. «Ruiter é eleito prefeito de Corumbá com 55,3% dos votos». Aquidauana News. 7 de outubro de 2012. Consultado em 4 de outubro de 2004. Arquivado do original em 18 de outubro de 2016 
  4. «Ruiter é reeleito em Corumbá». G1. 5 de outubro de 2008. Consultado em 14 de outubro de 2016 
  5. Evelin Araujo e Wendell Reis (19 de junho de 2015). «Ruiter deixa PT e aguarda convite de Reinaldo para disputar prefeitura». Midiamax. Consultado em 14 de outubro de 2016 
  6. «Alfredo Zamlutti Junior e Ruiter Cunha de Oliveira filiam-se no PSDB na 12ª Convenção Estadual». Correio de Corumbá. 20 de junho de 2015. Consultado em 14 de outubro de 2016. Arquivado do original em 18 de outubro de 2016 
  7. Silva, Erik (2 de outubro de 2016). «Com 46,41% dos votos Ruiter Cunha é eleito novamente prefeito de Corumbá». Folha MS. Consultado em 14 de outubro de 2016. Arquivado do original em 18 de outubro de 2016 
  8. Christie, Diana (30 de outubro de 2017). «Com fortes dores no peito, prefeito de Corumbá é hospitalizado em CTI». Top Mídia News. Consultado em 1 de novembro de 2017 
  9. Araújo, Kerolyn (30 de outubro de 2017). «Prefeito de Corumbá é transferido para Campo Grande em UTI aérea». Top Mídia News. Consultado em 1 de novembro de 2017 
  10. Marin, Tatiana (30 de outubro de 2017). «Após ser transferido para Campo Grande, Ruiter é submetido a cateterismo». Midiamax. Consultado em 1 de novembro de 2017. Arquivado do original em 31 de outubro de 2017 
  11. Nyelder Rodrigues e Mayara Bueno (31 de outubro de 2017). «Médicos confirmam aneurisma da aorta e prefeito de Corumbá fará cirurgia». Campo Grande News. Consultado em 1 de novembro de 2017 
  12. Rodrigues, Nyelder (31 de outubro de 2017). «Cirurgia termina e prefeito de Corumbá ficará sedado por 24 horas». Campo Grande News. Consultado em 1 de novembro de 2017 
  13. Nunes, Rosana (1 de novembro de 2017). «Ruiter não resiste a complicações pós-operatórias e morre». Diário Online. Consultado em 1 de novembro de 2017 
  14. Bueno, Mayara (1 de novembro de 2017). «Câmara dá posse e Marcelo Aguilar Iunes se torna prefeito de Corumbá». Campo Grande News. Consultado em 1 de novembro de 2017 
  15. «Presos da Operação Decoada da PF são liberados em Corumbá, MS». G1 - Mato Grosso do Sul. 2 de junho de 2012. Consultado em 14 de outubro de 2016 
  16. «Prefeito acredita que servidores investigados em MS são inocentes». G1 - Mato Grosso do Sul. 1 de junho de 2012. Consultado em 14 de outubro de 2016 
  17. Yafusso, Paulo (1 de junho de 2016). «Ex-prefeito de Corumbá será ouvido em ação sobre desvio de recursos». Campo Grande News. Consultado em 14 de outubro de 2016 
  18. Fernandes, Marcelo (14 de novembro de 2013). «Consignados: apuração começou ainda em sua gestão, diz Ruiter». Diário Corumbaense. Consultado em 14 de outubro de 2016 
  19. Campos Jr., Ricardo (25 de outubro de 2016). «Ação pede cassação de prefeito eleito e pode causar reviravolta em Corumbá». Campo Grande News. Consultado em 17 de novembro de 2016 
  20. Maymone, Gabriel (25 de outubro de 2016). «Ruiter Cunha é investigado pela Justiça Eleitoral por compra de votos». Correio do Estado. Consultado em 17 de novembro de 2016 
  21. Trindade, Adilson (27 de outubro de 2016). «Ruiter Cunha usou a TV boliviana para fazer campanha no país vizinho». Correio do Estado. Consultado em 17 de novembro de 2016